Maria e Alexandre conheceram-se na Faculdade e pouco tempo depois de terem começado a namorar estavam a morar juntos, contra todo o bom senso que lhes tinham impingido e nadando no sentido da corrente.
Começaram a viver em função um do outro no dia em que perceberam que não paravam de rir quando estavam juntos e juntos, apesar das suas respeitáveis licenciaturas em curso, aprenderam a cuspir fogo e foram inaugurar o Estádio do Braga no Euro 2004, aprenderam a andar de andas e faziam animação de rua. Trabalhavam juntos nos projetos de Maria, em Comunicação Social, trocando ideias para argumentos de curtas metragens e angariando amigos para as concretizar; trabalhavam juntos nos projetos de Alexandre em Psicologia, com críticas e ideias de melhoria.
Moravam na mesma casa e - mais que isso - viviam juntos.
Mudaram a vida toda um em função do outro sempre que a Vida assim o exigiu e aguentaram todos os bons e maus momentos que lhes surgiram. E nunca perderam de vista que - mais que nada - se amavam como amigos, se queriam como companheiros.
Quando casaram, Alexandre fez um discurso e comoveu todos, lembrando que não há "para sempres" mas que é possível ser finito, que ser finito não é saber o que o destino reserva, é navegar sem horizonte, é agarrar o que nos aparece e tentar tirar disso o melhor.
Continuaram a sua vida modesta de dinheiro e rica de tudo o resto, agarrando o que aparecia e tentando tirar disso o melhor. Nos bons e maus momentos, a vida a dois teve altos e baixos, mas nunca foi aborrecida.
E um dia, quando ainda eram ambos crianças no corpo de gente grande, passaram a ser três, com o nascimento de Jaime.
E o memorável discurso de Alexandre está aqui.
2 comentários:
Que bonito!!!!!!!! Obrigado e para ser justo e completo terias de estar aqui para te esmagar num abraço!!
Love Love Love!
Vamos ver-nos mais vezes!!!!
:)))))))))))))))))))))))))) conto com esse esmagamento da próxima vez que for a Braga e estivermos a aparvalhar como sempre :)))
Beijo enorme! ***
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